quarta-feira, 24 de março de 2010

Convenção protegerá uma única espécie de tubarão entre quatro propostas




Ter, 23 Mar, 04h59


Fonte: Yahoo Notícias

DOHA (AFP) - Uma única espécie de tubarão entre quatro propostas, a anequim, obteve nesta terça-feira a proteção da CITES, a Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Fauna e da Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção, que autorizará o seu comércio internacional controlado.

Por 86 votos a 42 (em votação secreta), os Estados-membros da Convenção decidiram que este tubarão ('Lamna nasus'), pescado sobretudo em águas temperadas e considerado "em risco" no Atlântico nordeste, não poderá ser inserido no mercado internacional a menos que acompanhado de opiniões destacando que seu comércio não ameaça a sobrevivência da espécie.
A conferência da CITES rejeitou nesta terça-feira colocar sob sua proteção duas espécies de tubarões - o tubarão martelo e o galha-branca -, depois de ter recusado proteger outras duas espécies de grande valor comercial, como o atum vermelho do Atlântico oriental e o coral vermelho.
Por 75 votos a favor e 45 contra, a proposta de Estados Unidos e Palau para inserir o tubarão martelo ('Sphyrna lemini') no Anexo II da CITES - que permitiria regular as exportações - foi rejeitada ao não obter os dois terços de votos necessários.
 Instantes depois, outra proposta dos mesmos países, relativa ao galha-branca ('Carcharhinus longimanus') também foi rejeitada por 75 votos a favor e 51 contra.
Todas as espécies foram propostas no Anexo II da convenção, que autoriza as exportações sob a condição de que ocorram de forma a não prejudicar a espécie.
A União Europeia, autora da proposta de inscrição, junto com Palau, lembrou que no ano passado fechou suas peixarias de tubarão anequim, procurado por sua carne e barbatanas.
A inscrição deste peixe já tinha sido proposta, sem sucesso, na conferência anterior, celebrada em 2007. O Canadá, que se opôs na ocasião, explicou nesta terça-feira ter apoiado a proposta desta vez devido à "falta de progressos" na gestão desta pesca pelos organismos profissionais regionais.

segunda-feira, 15 de março de 2010

90% já foram mortos

Segue a indicação de 2 vídeos:

http://www.youtube.com/watch?v=xysF2zyxn-s


http://www.youtube.com/watch?v=GN23hZqccR8&feature=related

À direita, em vídeos relacionados, vocês encontraram muito mais vídeos. Nada agradável, mas é importante vermos.

sexta-feira, 12 de março de 2010

China, importante mercado para barbatanas de tubarões e marfim

Comércio de atum vermelho, elefantes e tigres pode ser proibido.

Fonte: Último Segundo



O atum vermelho pescado para fazer sushi, os elefantes perseguidos pelo marfim e a criação de tigres na China para a medicina tradicional encabeçam a agenda da conferência da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas da Fauna e da Flora Silvestres (CITES), que começa neste sábado, em Doha, capital do Qatar.
Os 175 membros da CITES, que se reúnem sob a égide da ONU entre 13 e 25 de março, se preparam para fortes polêmicas sobre a forma de proteger a frágil biodiversidade, cujo valor comercial está na origem de ataques cada vez mais intensos.
Até agora, este fórum era mais conhecido pelas medidas adotadas para restringir o comércio de espécies simpáticas como os grandes felinos, os símios e os elefantes.
Mas, desta vez, pela primeira vez uma espécie marinha - o atum vermelho (Thunnus thynnus) - estará no papel de protagonista.
Apesar das cotas autoimpostas pelos produtores, a pesca intensiva tem reduzido consideravelmente as reservas de atum, fazendo-as despencar em até 80% no Mar Mediterrâneo e no Atlântico Ocidental desde 1970.
Graças a Mônaco, Estados Unidos e União Europeia (UE), cresce a pressão para que este peixe seja incluído no Apêndice I da lista da CITES, somando-o a espécies célebres como o gorila das montanhas e o leopardo da neve.
"Tratar espécies marinhas de grande valor comercial - um negócio de bilhões de dólares - é um grande passo para a CITES", afirmou Sue Lieberman, diretora de política internacional do Pew Environment Group, em Washington.
A indústria pesqueira tem sido responsável por manter reservas de atum vermelho desde os anos 60. No entanto, segundo Lieberman, as populações desta espécie têm caído ano a ano.
"Outros dois a cinco anos de pesca excessiva e elas não se recuperarão", disse Lieberman, em uma entrevista na capital americana.
O Japão, o principal mercado do atum vermelho, se opõe radicalmente à sua proibição e já está mexendo os pauzinhos para bloquear os dois terços de votos necessários para que a proposta seja aprovada. O país também ameaçou ignorar a proibição, caso ela passe.
Outras espécies marinhas serão estudadas para sua eventual inclusão no Apêndice II, que as regula, mas não proíbe seu comércio transfronteiriço.
Estas abrangem oito espécies de tubarão, bem como os corais vermelho e rosado, cobiçados pelos joalheiros.
Tanzânia e Zâmbia, que apresentaram uma moratória de nove anos sobre o comércio do marfim depois de uma venda maciça de reservas por outros quatro países africanos, em 2008, se comprometeram a fazê-lo novamente.
China e Japão, os principais mercados para as presas de elefante, provavelmente apoiarão a medida.
Mas dezenas de outros países africanos, como o provável apoio da Europa, tentarão estender a proibição a 20 anos.
Diferentemente de muitos fóruns de negociação das Nações Unidas, o alinhamento dos interesses nacionais pode evoluir de uma proposta para outra.
Estados Unidos e Europa vêm o atum como uma causa comum, mas não estão de acordo, por exemplo, quanto ao urso polar, caçado legalmente pelos povos indígenas do Ártico, que com frequência vendem a pele do animal. Os Estados Unidos pediram que a espécie fosse incluída na lista do Anexo I.
A China, por sua vez, estará na posição de acusado em várias situações. O fórum examinará uma resolução destinada a condenar a criação de tigres, praticada unicamente na China. O país mais populoso do mundo também é um importante mercado para o marfim e as barbatanas de tubarão.
No caso de muitas propostas apresentadas, alguns poucos países são afetados diretamente, o que cria uma situação na qual as várias partes trocam favores e votos... Ou mais, segundo veteranos da CITES.
"Há corrupção e, naturalmente, há governos corruptos", resumiu Lieberman, uma ex-negociadora americana vinculada à CITES durante mais de 20 anos.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Lixo jogado nos oceanos está na dieta do tubarão-azul

Entre os anos de 1992 e 1999, o oceanógrafo Teodoro Vaske Júnior acompanhou navios de pesca ao longo da costa do Nordeste brasileiro. As embarcações utilizavam o espinhel oceânico, sistema de anzóis estendidos por uma corda de dezenas de quilômetros de extensão apoiada em boias.
Os espinhéis eram estendidos em alto-mar com iscas em seus anzóis para serem depois recolhidos com os peixes. Vaske notou que, entre os animais capturados, estavam exemplares de tubarão-azul (Prionace glauca).
O pesquisador solicitou então aos pescadores o estômago dos exemplares da espécie, órgão que costumava ser descartado por eles. O objetivo era analisar os conteúdos estomacais em laboratório.
Vaske repetiu a análise na região sul do Atlântico brasileiro entre março de 2007 e março de 2008. No total, foram examinados estômagos de 222 tubarões-azuis – 116 na costa nordestina e 106 capturados na porção sul do litoral brasileiro.
O levantamento inédito no Brasil foi publicado na revista Biota Neotropica, e, além de contribuir para aumentar o conhecimento sobre a espécie, trouxe informações sobre uma rica fauna marinha que habita águas profundas e é muito difícil de ser coletada.

– Dos estômagos dos tubarões saem verdadeiras maravilhas, como alguns animais só encontrados em grandes profundidades –, disse o pesquisador da Universidade Estadual Paulista (Unesp) no Campus Experimental do Litoral Paulista, em São Vicente (SP).

Entre os animais mais encontrados durante a pesquisa estão espécies de lulas do gênero Histioteuthis, que fazem migrações verticais ao longo da coluna d’água oceânica. Essas lulas foram encontradas em tubarões coletados tanto na porção nordeste como na sul do Atlântico brasileiro.
Ao todo, o estudo registrou 51 diferentes espécies de animais retirados do interior dos tubarões sendo: 20 de peixes, 24 de cefalópodes, dois crustáceos e cinco espécies de outros grupos.
Presente nos três grandes oceanos, Atlântico, Índico e Pacífico, além do mar Mediterrâneo, Prionace glauca é a mais abundante espécie de tubarão oceânico do planeta. Isso se deve, principalmente, à sua numerosa prole, de acordo com Vaske.
Enquanto outras espécies costumam gerar até cinco filhotes, o tubarão-azul produz entre 40 e 60 filhotes por vez. Todavia, essa característica não livrou a espécie de ser ameaçada.
O pesquisador da Unesp conta que o consumo da barbatana em países do Sudeste Asiático elevou o preço da iguaria e incentivou a pesca predatória de várias espécies de tubarão. Pesqueiros especializados costumavam decepar a barbatana e devolver as carcaças dos animais ao mar, prática que foi posteriormente proibida no Brasil.
Hoje, o tubarão-azul é catalogado como espécie “quase ameaçada” na lista vermelha da União Internacional pela Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais. É o quinto nível da tabela antes da extinção da espécie.
O mapeamento da alimentação do tubarão-azul na costa brasileira pode ajudar a entender melhor os hábitos das suas populações do Atlântico Sul bem como estabelecer a trajetória de sua jornada para a reprodução.
A espécie perfaz um ciclo no qual percorre em sentido horário todo o Atlântico Sul aproveitando-se de correntes marinhas. O artigo de Vaske relata que a cópula é feita nas águas do litoral sul do Brasil, entre os meses de dezembro e fevereiro.

Leia toda a matéria:  http://www.correiodobrasil.com.br/noticia.asp?c=165040
Fonte:  Jornal Correio do Brasil

terça-feira, 9 de março de 2010

Precisamos Apoiar a Proteção da CITES aos Tubarões

Na próxima semana, a Convenção CITES*, que determina restrições ao comércio internacional de espécies de fauna e flora ameaçadas de extinção, estará considerando incluir, entre as espécies sob sua proteção, oito espécies de tubarões ocorrentes no litoral brasileiro. As propostas podem ser vistas em http://www.cites.org/eng/cop/15/prop/index.shtml .

São elas:

Carcharhinus longimanus – Tubarão-galha-branca oceânico – Na Lista Vermelha da IUCN e na Lista do IBAMA

Carcharhinus obscurus – Cação-fidalgo – Na Lista Vermelha da IUCN

Carcharhinus plumbeus – Cação-galhudo – Na Lista Vermelha da IUCN

Lamna nasus – Cação-marracho – Na Lista Vermelha da IUCN

Sphyrna lewini – Tubarão-martelo-de-ponta-preta – Na Lista Vermelha da IUCN e na Lista do IBAMA

Sphyrna mokarran – Tubarão-martelo-grande

Sphyrna zygaena – Tubarão-martelo – Na Lista Vermelha da IUCN e na Lista do IBAMA

Squalus acanthias – Cação-espinho – Na Lista Vermelha da IUCN


As tentativas de saber qual a posição que o governo brasileiro vai levar à CITES sobre estas espécies têm sido infrutíferas. Fontes no Ministério do Meio Ambiente (MMA) dizem que a posição deles é a favor, mas que o Ministério da Relações Exteriores (MRE) se recusa a tomar posição em função de pressões do Ministério da Pesca. Ainda dá tempo de pressionar o MRE, mostrando a posição da parcela da sociedade brasileira preocupada com as questões ambientais.

Solicitamos a todos que se preocupam com o meio ambiente marinho que enviem um e-mail à Divisão do Meio Ambiente – DEMA do Ministério das Relações Exteriores, que é quem coordena nossa delegação na CITES, requerendo o

APOIO INTEGRAL DO BRASIL às propostas de inclusões das espécies de tubarão nas restrições de comércio internacional da CITES.

O e-mail é: dema@mre.gov.br


SUGESTÃO DE TEXTO

À Divisão do Meio Ambiente – DEMA do Ministério das Relações Exteriores.

Prezados Senhores,


Na próxima semana, a Convenção CITES estará considerando incluir, entre as espécies sob sua proteção, oito espécies de tubarões ocorrentes no litoral brasileiro que estão na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas de Extinção da IUCN e na lista de Espécies Ameaçadas ou Sobre-explotadas do IBAMA.


Quero aqui manifestar, como cidadão brasileiro, meu APOIO INTEGRAL às propostas de inclusões das espécies de tubarão nas restrições de comércio internacional da CITES.


Por Marcelo Szpilman
O Projeto Tubarões no Brasil (PROTUBA)



* CITES - Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Flora e da Fauna Selvagens em Perigo de Extinção, a qual tem por objetivo controlar o comércio internacional de fauna e flora silvestres, exercendo controle e fiscalização especialmente quanto ao comércio de espécies ameaçadas, suas partes e derivados com base num sistema de licença e certificados. A CITES foi assinada por 21 países em 1973, na cidade de Washington. Desde essa data mais 130 países aderiram a esta convenção. O Brasil passou a ser signatário a partir do Decreto nº 76.623, de 17 de novembro de 1975.

A CITES regulamenta a exportação, importação e reexportação de animais e plantas, suas partes e derivados, através de um sistema de emissão de licenças e certificados que são expedidos quando se cumprem determinados requisitos. Um dos requisitos para expedição de licenças é se determinado tipo de comércio prejudicará ou não a sobrevivência da espécie.

Blog do Mergulhador

Confira as novidades do blog:

http://diverscrm.blogspot.com/

O blog é bem completo e também uma grande ferramenta de informações e matérias sobre mergulho.
Vale a pena conferir.
Parabéns a Cristina Zunino!